Isabel
Rei Samartim

Isabel Rei Samartim (Estrada, 1973) inicia na sua vila de nascença, primeiro dentro do âmbito familiar e, depois, no conservatório local, os estudos de música. Titula-se no Conservatório Superior de Música da Corunha, na especialidade de guitarra, com o professor Antonio Rocha Álvarez. Depois estuda com o maestro David Russell, com Thomas Müller-Pering na Hochschule für Musik «Franz Listz» de Weimar (Alemanha). Como guitarrista obtém prémios em diversos concursos da Espanha e da Itália. É convidada a participar em festivais na Itália, Galiza e Portugal. Tem estreado obras de vários compositores e realizado concertos em diversos países europeus e o Brasil.

Entre as suas publicações está o Cancioneiro de Marcial Valladares "Ayes de mi país" junto com J. L. do Pico Orjais (Dos Acordes, 2010); Suite Rianjeira (Barbantia, 2010); Proel e o Galo. Poesia e Prosa Galega Completa de Luís G. Amado Carvalho (Edições da Galiza, 2012). Em 2014 lança o disco A Viola no Século XIX: Música de Salão na Madeira, patrocinado pelo Governo Regional da Madeira. Desde setembro de 2020 é doutora em História da Arte pela Universidade de Santiago de Compostela com a tese A guitarra na Galiza, que trata a história da guitarra galega desde o século XII ao XIX. Em 2021 lança o disco Guitarra Galega Vol. 1 (Air Classical) e o livro Guitarra galega: Breve história da viola (violão) na Galiza (Através). Em 2022 começa a publicar a música galega para guitarra em dous cadernos da editorial Viso: Caderno de Guitarra e Caderno de Canto e Guitarra, e o primeiro dos três volumes intitulados Álbum de Guitarra Galega, publicados pela editora Dos Acordes entre 2022 e 2023. Em 2023 também publica a partitura do Fado de Luís Eugénio Santos Sequeiros na editorial dinamarquesa Bergmann Edition.

Trabalha desde 2005 como professora funcionária no Conservatório Profissional de Música de Santiago de Compostela. Entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021 integrou também o Departamento de Música da Universidade do Minho (Braga, Portugal). Atualmente realiza recitais de divulgação das mulheres guitarristas galegas e dos fundos galegos para guitarra.

Como reintegracionista e ativista social integrou a Sociedade Cultural Marcial Valadares da Estrada, a Sociedade Astronómica da Estrada e o coletivo Assembleia da Língua. É académica fundadora da Academia Galega da Língua Portuguesa (2008) e membro do Patronato da Fundação AGLP (2011). É sócia da Associação Internacional 'Colóquios da Lusofonia' (AICL). Participou no processo de aprovação da Lei para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a Lusofonia (2014). Entre 2012 e 2016 coordenou a Equipa de Dinamização da Língua Galega do conservatório compostelano, que abriu novas perspetivas para a normalização seguindo o modelo internacional da língua comum.

No âmbito da literatura, publica em diversos meios digitais como a revista Mundoclasico.com e publicações periódicas como o jornal Novas da Galiza desde 2014. Foi uma das dez autoras do volume de relatos eróticos Abadessa, oí dizer. Relatos eróticos de escritoras da Galiza (Através, 2017). Em 2024 publica a sua primeira novela Galizan Nation (Companha Editora).

[Março de 2025]