INTERVENCIÓN DE MANUEL MARÍA
"Os galegos formamos parte dunha franxa atlántica que representa unha cultura, frente á mesetária que emprega o español ou a mediterránea que usa o catalán e frente ao euskera. E neste centro de debate da luso-fonia débese ter presente que esta ten orixe no galego-portugués, que é o idioma no Iles estou falando. Unha língua que na Galiza ten resistido durante 400 anos contra todos os intentos de colonización e domesticación. Fálolles na língua de Martin Codax de Vigo e do Rei Don Dinis de Portugal. É no galego portugués que está a orixe desa cultura que despois se espallou polo mundo.
Moitos dos presentes formamos parte de nacións sen estado e fago votos porque no Brasil, no II Congreso, esteñamos representados, alomenos xa con voz.
(...) A língua é a maior conquista humana e polo tanto estou en contra da fixación estricta das línguas, un fenómeno que só lles acontece ás línguas mortas. Como dicia Vicente Risco, "Ser diferente é ser existente".
Agora que se dá a integración de Portugal e a Galiza na CEE, debemos reivindicar que a nosa preséncia na Europa xa ven de moito atrás, cando os nosos traballadores tiveron que emigrar. E temos que reivindicar con forza a nosa presencia en Europa e á língua portuguesa como unha das grandes das culturas europeas. Se é máis importante que o grego, o finés ou o sueco, hai que meditar por que a língua portuguesa non ten un Prémio Nóbel, cando este non só se dá a un autor senón a unha cultura".
CONCLUSIÓNS
Entre as resolucións máis interesantes destacamos as seguintes:
Cursos
"Considerando o ensino en nivel superior de extrema importáncia para a crecente difusión e comprensión das nosas literaturas e que as principais universidades dos nosos paises ven mantendo, hai algun tempo, cursos de literatura en lingua portuguesa e que tal exemplo deve ser merecedor de algo máis que reciprocidade optativa propomos que os escritores aqui reunidos aproven a adopción de cursos das nosas literaturas nos currículos superior e universitario regulares e, nese intento, fagan esforzos xunto aos Ministérios de Educación e Cultura de cada pais para facer efectivo este acordo".
Fondo de compensación
"Considerando que os paises africanos de língua oficial portuguesa enfrentan sérias dificuldades no dominio da edición, e que impeden que os seus escritores sexan divulgados e coñecidos no exterior; tendo en conta o feito de que cando un escritor consegue publicar no estranxeiro a sua obra non chega a ser difundida no seu próprio pais, debido á falla de divisas para a sua adquisición, proponse que sexa criado un Fondo de Compensación, en moeda nacional de cada un dos paises referidos, constituido polo lucro das vendas dos libros editados no estranxeiro e que poderá vir a ser utilizado polos editores para adquisicións diversas en cada un dos paises".
Isencións aduaneiras
"Considerando as limitacións actualmente existente pédese que cada unha das respeitivas asociacións solicite dos respeitivos governos, instrumentos legais que estabelezan isencións aduaneiras relativas á importación de obras de literatura de escritores de lingua portuguesa ou obras nos seus paises traducidas para o portugués".
Outros acordos
Tamén acordaron manifestar o seu pesar polo falecimento do escritor e filólogo brasileiro, Aurélio Buarque de Hollanda; felicitar ao governo do Brasil pola criación do Instituto Internacional de Língua Portuguesa; a solidariedade co povo maubere do Timor Leste; pronunciarse contra o apartheid e en solidariedade con Salman Rushdie.
TEMÁRIO
I - O ESCRITOR E O PROCESSO CULTURAL DAS NAÇÕES
- Nacionalismo, continentalidade e universalidade
- Realidade social, novo imaginário e vivéncia colectiva
- Sistemas politicos, regimes e relações culturais
- A literatura no processo de descolonização
- Actualidade literária: tradição e novas gerações
II - LITERATURAS E LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO
- Depósito legal comum, co-edição e distribuição
- Tradução literária e divulgação
- Ensino das literaturas de língua portuguesa
- Literatura, espaços geo-culturais e transformações linguísticas
- Literaturas e tradição oral
III - O ESCRITOR E A PROFISSIONALIZAÇÃO
- Organização social, sindical e/ou associativa do Escritor
- Profissionalização e disponibilidade cultural
- Segurança social, direitos de autor e direitos sociais
- Independéncia, solidariedade política e liberdade de expressão
HORÁRIO DAS SESSÕES
DIA 1 - 09h00 às 10h00
Apresentação e identificação dos Congressistas
10h00
Cerimónia inaugural. Abertura do Congresso por sua Exceléncia o Presidente da República. Mensagens das delegações participantes
11h30
Final da cerimónia de inauguração
11h30 - 11h45
Intervalo
Manhá / Auditórios 2 e 3
11h45 - 12h45 - Leitura de comunicações
12h45 - 13h00 Debate
13h00 - 14h30 - Almoço
Tarde
14h30 - 15h30 - Leitura de comunicações
15h30 - 16h00 - Debate
16h00 - 16h15 - Intervalo
16h15 - 17h15 - Leitura de comunicações
17h15 - 17h30 - Debate
DIA 2 - Manhá 1 Auditórios 2 e 3
09h00 - 10h30 - Leitura de comunicações
10h30 - 11h00 - Debate
11h00 - 11h15 - Intervalo
11h15 - 12h45 - Leitura de comunicações
12h45 - 13h00 - Debate
13h00 - 14h30 - Almoço
Tarde
14h30 - 15h30 - Leitura de comunicações
15h30 - 16h00 - Debate
16h00 - 16h15 - Intervalo
16h15 - 17h15 - Leitura de comunicações
17h15 - 17h30 - Debate
DIA 3 - Manhá
09h00 - 10h30 - Leitura de comunicações
10h30 - 11h00 - Debate
11h00 - 11h15 - Intervalo
11h15 - 12h45 - Leitura de comunicações
12h45 - 13h00 - Debate
Tarde
Sessão plenária de encerramento
Saudações das Delegações Participantes
Saudação de um representante dos convidados estrangeiros
Saudação final por um escritor do país anfitrião
Leitura das Conclusões
Anúncio do local e da data de realização do II Congresso.